A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançou documentário sobre o expressivo crescimento dos índices brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). O vídeo Strong Performers and Successful Reformers in Education – Brazil (Desempenho consistente e reformas bem-sucedidas na educação brasileira) traz entrevistas com o ministro da Educação, Fernando Haddad, com especialistas e secretários de educação do país.
Todos traçam o caminho percorrido pelo Brasil até o salto de qualidade no desempenho dos estudantes brasileiros nos testes da OCDE em 2009. Como exemplo, o município de Sobral. A cidade cearense, que apresentava pontuação de 3,2 no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) em 2005, chegou a 4,4 em 2009. Ou seja, saiu das últimas posições entre as 27 unidades da Federação para o 14º lugar no ranking do país.
No resultado geral do Pisa de 2009, o Brasil cresceu, sobretudo, em matemática — de 334 pontos em 2000 para 386 em 2009. Em ciências, foi de 375 a 405. Em leitura, de 396 a 412. Com esses resultados, aparece entre os três países que mais evoluíram em educação na década.
O documentário da OCDE mostra iniciativas brasileiras que ganharam destaque no cenário internacional, como a criação da Prova Brasil, em 1995, a criação e a divulgação do Ideb, em 2007, e mecanismos de valorização das escolas, com a ampliação da autonomia daquelas que cumprem ou ultrapassam as metas estabelecidas. As escolas com desempenho insuficiente não sofreram corte de recursos, “para não punir a criança uma segunda vez”, como explica o ministro Fernando Haddad.
“A liberdade que demos às escolas e às redes para construir a própria estratégia transformou o Brasil numa espécie de laboratório de boas práticas”, disse o ministro. “Cada estado procura seu caminho à luz de sua realidade e de sua tradição, mas tendo em vista que o objetivo é nacional.”
Além da valorização das melhores escolas, o ministro lembra que o percentual de investimentos públicos em educação chegou, em 2009, a 5% do PIB do país. “Dobramos, em termos reais, o investimento por aluno na educação básica”, destaca. Haddad lembra, no documentário, que o Plano Nacional de Educação estabelece uma meta de progressão salarial para professores, de forma a alcançar a média dos demais profissionais de nível superior do país.
Superação — A educação brasileira evoluiu 33 pontos nos exames do Pisa realizados entre 2000 e 2009. Foi superado apenas pelo Chile (37 pontos) e por Luxemburgo (38). Em 2000, a média brasileira era de 368 pontos, contra 401 em 2009. Na tabela geral, o Brasil está na 53ª posição, depois de superar Argentina e Colômbia, entre os latino-americanos. Ficou 19 pontos atrás do México (49º), 26 do Uruguai (47º) e 38 atrás do Chile (45º).
Foram avaliados os processos educativos de 65 países, 34 deles da OCDE. Fizeram as provas de leitura, matemática e ciências 20 mil estudantes brasileiros nascidos em 1993.
Assessoria de Comunicação Social
Fonte: MEC
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