sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Bullying

O bullying, um ato violência física ou psicológica praticados para atingir alguém ou um grupo comumente praticado contra crianças no universo escolar, passou a ter novas características e dimensões com o uso da internet.

Diferente da modalidade tradicional, o ciberbullying garante o anonimato e suas vítimas podem sofrer muito mais pela dimensão que o ato pode alcançar. Pesquisa realizada pela Organização Não-Governamental (ONG), SaferNet em 2008 com 875 jovens internautas, constatou que 38% foram vítimas de ciberbullying e 44% dos amigos "reais" já sofreram esse tipo de violência ao menos uma vez.

O psicólogo e diretor de prevenção e atendimento da Safernet Brasil, Rodrigo Negm, explica que a prática do ciberbullying prolonga a ação, anteriormente restrita ao ambiente escolar, por exemplo, quando o professor ou diretor repreendiam o aluno ou grupo que promoviam a violência.

Hoje, um material difamatório postado na internet, mesmo que seja retirado em pequeno espaço de tempo, pode vir a ser reproduzido por outros internautas, causando um transtorno interminável à vida da vítima.

"Na internet a humilhação, que ficava restrita a um âmbito, geralmente escolar, ganha maior dimensão no espaço público da internet. O mundo inteiro pode ter acesso a esse tipo de agressão. A família, os amigos veem essa mensagem. A criança não consegue escapar da agressão, até porque alguém pode guardar esse material e postá-lo novamente".

O psicólogo dá algumas dicas aos pais que querem saber se os filhos têm sofrido qualquer tipo de agressão do ciberbullying: "sinais de depressão, falta de vontade de ir à escola e brincar com os amigos ou dificuldades para dormir."

Para conter os crimes do ciberbullying, a SaferNet Brasil em parceria com o Ministério Público e a polícia federal criou um canal de denúncias contra crimes na internet: www.denuncie.org.br. Recentemente foi lançado a rede social que promove o uso consciente do mundo virtual, oferecendo ao usuário algumas discussões no endereço www.netica.org.br .

Rodrigo Negm lembra que é preciso manter o diálogo entre pais e filhos para que a vítima se sinta à vontade para denunciar esse tipo de violência.
"A tecnologia mais importante para combater crimes da internet é a relação de confiança entre pais e filhos. É um recurso que vai além de filtros e bloqueios. As crianças elas devem conversar com os pais e contar com a ajuda deles, caso percebam algum tipo de agressão pela internet".

Fonte: Agência Brasil

sábado, 29 de outubro de 2011

HOMENAGEM A CARLOS DRUMMOND


Agora é oficial: 31 de outubro passa a ser o “Dia D” – D de Drummond. 

Fonte :https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHpk16nU3pre82ed7iSKFMfR7Q7oBfnl1VBCzbeJr9qQQB9QdsimS4LU0E1DyeKI-G778GD2bnaJ6fRN5COtzLrGVIQVE_whjQBisRCnWSMlVah-qdBpYIlP108-FkaRa3Ke3L-eTOWXA/s400/POESIA+-+FRASE+DE+DRUMMOND.jpg


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Conectivismo - Aprendizagem na Era Digital

As teorias de aprendizagem evidenciam o processo de aprender é que dinâmico e pessoal. E este é individual contínuo no qual o sujeito  é agente ativo na busca e construção de conhecimento, dentro de um contexto significativo.
Fonte :http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=GGVysr1BpLw

domingo, 23 de outubro de 2011

Tecnologias na escola

 Fonte : https://www.institutoclaro.org.br/banco_arquivos/Cartilha.pdf

Para onde caminhamos na educação


Caminhamos aceleradamente rumo a uma sociedade muito diferente que em parte vislumbramos, mas que nos reserva inúmeras surpresas. Será uma sociedade muito mais conectada, móvel, com possibilidades de comunicação, interação e de aprendizagem muito mais fascinantes ainda.
     
Todas as sociedades educam, transmitem seus valores tradicionais e uma visão de futuro. Como será feito isto concretamente daqui a vinte ou trinta anos, não o sabemos. Mas caminhamos para uma sociedade cada vez mais complexa, pluralista, democrática. Por isso será necessário aprender a construir um percurso intelectual mais difícil, cheio de inúmeras ramificações e opções; aprender a conviver com as diferenças de visões de mundo, de valores, de grupos; a fazer escolhas mais provisórias; aprender a comunicar-nos de forma mais abrangente, integrada, participativa, equilibrando o individual e o social. As decisões sociais serão mais debatidas ao vivo. Haverá muitos mais referendos diretos, sem tantos intermediários.
     
A informação estará sempre mais disponível, de muitas formas, por muitos canais. Quem quiser aprender, terá a sua disposição muitas formas de fazê-lo, sozinho, em pequenos grupos; informal ou formalmente, com tutoria ou de forma autônoma, com certificação ou sem ela. Caminhamos da pobreza digital para a conectividade 24 horas, em qualquer lugar, com múltiplos recursos, pessoais e digitais como robots. Precisaremos de instituições sérias para ajudar-nos nos cursos de maior duração, nos que certifiquem profissionalmente. Mas não precisaremos ir todo o dia a uma sala de aula para aprender. Haverá formas muito ágeis, diversificadas, flexíveis, adaptadas ao ritmo e necessidades de cada aluno para aprender e ajudar a aprender.
   
As tecnologias evoluem muito mais rapidamente do que a cultura. A cultura implica em padrões, repetição, consolidação. A cultura educacional, também. As tecnologias permitem mudanças profundas já hoje que praticamente permanecem inexploradas pela inércia da cultura tradicional, pelo medo, pelos valores consolidados. Por isso sempre haverá um distanciamento entre as possibilidades e a realidade. O ser humano avança com inúmeras contradições, muito mais devagar que os costumes, hábitos, valores. Intelectualmente também avançamos muito mais do que nas práticas. Há sempre um distanciamento grande entre o desejo e a ação. Apesar de tudo, está se construindo uma outra sociedade, que em uma ou duas décadas será muito diferente da que vivemos até agora.
   
Aos poucos a escola se tornará mais flexível, aberta, inovadora. Será mais criativa e menos cheia de imposições e obrigações. Diminuirá sensivelmente a obrigação de todos terem que aprender as mesmas coisas no mesmo espaço, ao mesmo tempo e da mesma forma.
     
Toda sociedade será uma sociedade que aprende de inúmeras formas, em tempo real, com vastíssimo material audiovisual disponível. Será uma aprendizagem mais tutorial, de apoio, ajuda. Será uma aprendizagem entre pares, entre colegas, e entre mestres e discípulos conectados, em rede, trocando informações, experiências, vivências. Aprenderemos em qualquer lugar, a qualquer hora, com tecnologias móveis poderosas, instantâneas, integradas, acessíveis. Não precisaremos ir a lugares específicos, o tempo todo. Iremos para alguns contatos iniciais e para a avaliação final. O restante do tempo, estaremos conectados audiovisual e interativamente, quando o quisermos, com quem quisermos. Haverá formas de acelerar o acesso à informação (implantes e outros recursos que a nanotecnologia nos promete). Haverá máquinas inteligentes (robots, em muitos aspectos mais inteligentes que os humanos). Por isso, é impossível antecipar a educação do futuro, mas podemos apontar alguns caminhos que nos ajudarão a mudar radicalmente o panorama atual tão conservador e massificado que ainda temos atualmente.
    
Estamos caminhando para uma aproximação sem precedentes entre os cursos presenciais (cada vez mais semi-presenciais) e os a distância ou on-line. Teremos inúmeras possibilidades de aprendizagem que combinarão o melhor do presencial (quando possível) com as facilidades do virtual.

Em poucos anos dificilmente teremos um curso totalmente presencial. Por isso caminhamos para fórmulas diferentes de organização de processos de ensino-aprendizagem. Caminhamos rapidamente para a flexibilização progressiva e acentuada de cursos, tempos, espaços, gerenciamento, interação, metodologias, tecnologias, avaliação. Isso nos obriga a experimentar pessoal e institucionalmente modelos de cursos, de aulas, de técnicas, de pesquisa, de comunicação. Todas as universidades e organizações educacionais, em todos os níveis, precisam experimentar novas soluções para cada situação, curso, grupo.

Com a educação on-line, com o avanço da banda larga, dos tablets, smartphones, a TV digital e toda a integração das mídias, teremos todas as possibilidades de aprender: de cursos totalmente prontos por videoaulas até os construídos ao vivo, com forte interação grupal, imersão sensorial e pouca previsibilidade. Realizaremos cursos totalmente personalizados e outros baseados em intensa colaboração. Teremos cursos totalmente digitais e outros híbridos, com momentos presenciais. Muitas pessoas aprenderão com outras e só se submeterão a algum tipo de avaliação final para fins de certificação.

Podemos pensar em cursos cada vez mais personalizados, mais adaptados à cada aluno ou grupos de alunos. Cursos com materiais audiovisuais e atividades bem planejadas e produzidas e que depois são oferecidos no ritmo de cada aluno, sob a supervisão de um professor orientador ou de uma pequena equipe, que colocam esse aluno em contato com grupos em estágios de aprendizagem semelhantes. Os professores agirão muito mais como tutores, como hoje acontece na pós-graduação. Acompanham o percurso dos alunos a eles confiados, e monitoram os projetos pedagógicos dos alunos individualmente e também em grupo; os supervisionam e gerenciam para que obtenham os melhores resultados. Os professores mapeiam a pesquisa, as atividades. Marcam algumas reuniões presenciais e outras virtuais. Trabalham de forma integrada com outros colegas nos mesmos projetos. O currículo é muito mais livre, escolhido de comum acordo entre alunos, professores e instituição. Há alguns momentos comuns presenciais e/ou virtuais (totalmente audiovisuais e interativos), mas, a maior parte do tempo, o processo é virtual e em tempos diferenciados.
    
Tudo isto exige uma pedagogia muito mais flexível, integradora e experimental diante de tantas situações novas que começamos a enfrentar.
    
Uma educação inovadora se apóia em um conjunto de propostas com alguns grandes eixos que lhe servem de guia e de base: o conhecimento integrador e inovador; o desenvolvimento da auto-estima/auto-conhecimento (valorização de todos); a formação de alunos-empreendedores (criativos, com iniciativa) e a construção de alunos-cidadãos (com valores individuais e sociais).
      
São pilares que, com o apoio de tecnologias móveis, poderão tornar o processo de ensino-aprendizagem muito mais flexível, integrado, empreendedor e inovador.

____________________________ 
Este texto faz parte do meu livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá (5ª Ed, Campinas, Papirus, 2011), p. 145-148 (com atualizações).

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Como dizer "e se..." em inglês?

Você já pensou ter de dizer “e se...” em inglês? Como você diria isso? Como você acha que deve ser dito? Como você responderia se alguém te perguntasse isso? A maioria das pessoas quando questionadas sobre isso responde que é só dizer “and if...”. Afinal, é o mais lógico. No entanto, recomendo que você leia essa dica para não cometer esse erro ao falar inglês com alguém.

Para ficar tudo muito mais claro, veja as sentenças abaixo em português para ter uma ideia do que estou realmente falando.
  • E se der tudo errado?
  • E se não tiver ninguém lá?
  • E se ela não gostar de mim?
  • E se ele falar que não?
  • E se a gente não souber lidar com a situação?
Claro que a vontade que dá é a de traduzir este “e se...” do jeito mais fácil, não é mesmo? Mas, não faça isso. Anote aí que para dizer “e se...” em inglês o certo é “what if...?”. Assim, as sentenças acima ficarão assim em inglês:
  • What if everything goes bad?
  • What if there’s nobody there?
  • What if she doesn’t like me?
  • What if he says no?
  • What if we can’t handle the situation?

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Revista TV Escola

As novas tecnologias da informação e comunicação chegaram para nos inserir definitivamente na era do trabalho coletivo. A matéria de capa desta edição aborda os programas de formação que estão aí para alinhar a escola com esta dinâmica revolucionária.

A seção Mundo Virtual apresenta o Portal da TV Escola, que disponibiliza online os vídeos exibidos no canal e disponibiliza um leque de propostas para sua utilização em sala de aula. Viajamos pelo Brasil para mostrar as escolas finalistas ao Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar. Em Rondônia, vimos de perto as razões pelas quais as escolas da região se destacam no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

 Fonte : http://tvescola.mec.gov.br

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O MEC (Ministério da Educação) vai distribuir tablets a escolas públicas a partir do próximo ano.


Informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante palestra a editores de livros escolares, na 15ª Bienal do Livro. O objetivo, segundo o ministro, é universalizar o acesso dos alunos à tecnologia.
Haddad afirmou que o edital para a compra dos equipamentos será publicado ainda este ano. "Nós estamos investindo em conteúdos digitais educacionais. O MEC investiu, só no último período, R$ 70 milhões em produção de conteúdos digitais. Temos portais importantes, como o Portal do Professor e o Portal Domínio Público. São 13 mil objetos educacionais digitais disponíveis, cobrindo quase toda a grade do ensino médio e boa parte do ensino fundamental."
O ministro disse que o MEC está em processo de transformação. "Precisamos, agora, dar um salto, com os tablets. Mas temos que fazer isso de maneira a fortalecer a indústria, os autores, as editoras, para que não venhamos a sofrer um problema de sustentabilidade, com a questão da pirataria."
Haddad não soube precisar o volume de tablets que será comprado pelo MEC, mas disse que estaria na casa das "centenas de milhares". Ele destacou que a iniciativa está sendo executada em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia.
"O MEC, neste ano, já publica o edital de tablets, com produção local, totalmente desonerado de impostos, com aval do Ministério da Fazenda. A ordem de grandeza do MEC é de centenas de milhares. Em 2012, já haverá uma escala razoável na distribuição de tablets."
Fonte: Info Exame

sábado, 10 de setembro de 2011

Sala de aula digital e professor de alta tecnologia , Um sonho Possível

SE OS olharmos parágrafo Dados apontados Pelo Banco Mundial, a Educação no Brasil JÁ UMA Apresenta melhora estimulante. Afinal, Somos o País Que Mais rapidamente aumentou um. Escolaridade Média da População Entre 1990 e 2010, Passando de 5,6 par 7,2 Anos, tomando o Recorde Que era da China Tambem Somos UM dos paises com o Maior Avanço no Aprendizado dos Alunos, Conforme medido Pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), no periodo de 2000 a 2009. Mas Como sabemos, ainda HÁ UM Longo Caminho Pela Frente, repleto de Desafios parágrafo Que realmente tenhamos UMA Educação de Melhor Qualidade.
Em Busca de Melhorias os tais, está online Análise los, sem Congresso, hum Conjunto de Metas da Educação brasileira parágrafo OS Próximos 10 Anos, o Plano Nacional de Educação (PNE). Entre como varias PROPOSTAS, CONSTA um Melhoria da Qualidade dos Ensinos Médio e fundamentais EO aumento dos Recursos aplicados nd área - Medidas Que inclusive JÁ foram anunciadas Pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad, Prioridades Como. Em meio um tais avanços, está online o Desafio de encontrar forma de ensinar UMA alinhada à era digital, Tema Que incendeia debates e vai Muito ALÉM das Questões de Investimento, Passando, definitivamente, Pela Formação do professor, algoritmos Que É, NA MESMA Medida, decisivos na e desafiador ..

Afinal de contas, Como si só Dá o USO da Tecnologia em sala de aula? Ela atrapalha Ajuda UO? A IDEIA de manter Vários Alunos atentos de Todos os dias, Por Pelo Menos Cinco horas, somente com OS Recursos Tradicionais, Parece nao casar com um Eficiência Mais Que precisamos. Hoje, muitos Alunos temperatura Acesso à internet, em Casa UO los lan houses , Fazendo com Que Aulas Completamente "analógicas" nao sejam estimulantes.

A Solução Mais Rápida, entao, séria democratizar o Acesso à internet. Mas apenas séria Isso mesmo? Verdade e Bem Que Dois Estudos inéditos demonstraram Como uma Tecnologia ajudou um como melhorar notas. A Fundação Carlos Chagas, Por Exemplo, concluiu UMA Avaliação dos Estudantes das Escolas Públicas do Município de São José de Freitas (PI), Que DESDE 2009 estudam com o Apoio de lousas Interativas, laptops e softwares Educativos pessoas físicas. De acordo com O Trabalho, OS Alunos melhoraram SUA Média de Matemática los 8,3 Pontos, enquanto OS Que nao usaram uma Tecnologia avançaram apenas 0,2 pontos.

O Segundo Caso, da Unesco, avaliou o Desempenho de Alunos de Escolas Públicas de Hortolândia (SP), Que usaram salas de aula com lousa digital e Computador Por Aluno da UM. O Avanço FOI Duas de um Sete vezes Maior los Relação EAo Colegas Que estavam los salas comuns. Não entanto, Como Toda Questão Dois Lados temperatura, ha de si ressaltar UMA Pesquisa do Ministério da Educação do Brasil, mostrou Opaco Opaco Opaco Alunos estudaram Anos Por Três los Escolas com Computador estavam Pelo Menos SEIS Meses atrasados ​​no Aprendizado los Relação EAo Outros.

Dessa forma, FICA uma Questão: o Sucesso parágrafo Que Haja Melhorias no Aprendizado Depende apenas da Tecnologia? Nao. Definitivamente, nao adianta substituir Caderno notebook por e Quadro verde Por lousa digital de Estratégia e SEM CONTEÚDOS, SEM UMA aula preparada Pelo professor de uma forma contemplar uma Tecnologia. Nao HÁ Dúvidas, o Sucesso da era digital do ensino ocorrerá somente quando ocorrerem simultaneamente Duas Ações: a inserção da Tecnologia nd sala de aula e hum professor Preparado parágrafo explora-la ao Lado Alunos de SEUS.

Para finalizar, vale trazer um par DISCUSSÃO um Pesquisadora do Ministério da Educação do Brasil (MEC), Elza Cruz, candidata AO Título de PhD no Curso de Design e Tecnologia da Universidade instrucional Tecnológica de Virgínia (EUA). Para ela, nao significa disponibilizar Tecnologia implementa-la de forma Eficaz, env HÁ UMA grande Diferença Entre Seu OSU nenhum dia um dia e Como UMA Ferramenta instrucional. Ou SEJA, hum professor Precisa serviços Preparado, de Preferência ainda Durante Seu Processo de Formação, par o OSU Dessa Ferramenta los sala de aula. Quando ISSO nao Acontece, o resultado frustrante é.

Fazer compras pela Internet UO Acessar como Redes Sociais nao São Critério parágrafo si alguem dizer Que está offline pronto par lecionar los hum Ambiente digital. A Tecnologia Aplicada à Educação e significativa e envolva Conhecimento NAS Áreas de Teoria de ensino e Aprendizagem Associados AO USO de Tecnologia da Comunicação. Inserir o USO das Novas possibilidades Digitais nd Formação do professor SE FAZ imprescindível e desen serviços UMA exigência dos Programas de Instituições de ensino. Somente quando uma Tecnologia Chegar à sala de aula EO professor estiver pronto parágrafo Fazer o Seu Melhor OSU, Que É uma Educação poderá SUA TRAJETÓRIA Mudar Rumo hum um novo Padrão de Qualidade.

Vivian Manso e Especialista em Tecnologia Educacional.
Sala de aula digital e professor de alta tecnologia , Um sonho Possível SE OS olharmos parágrafo Dados apontados Pelo Banco Mundial, a Educação no Brasil JÁ UMA Apresenta melhora estimulante. Afinal, Somos o País Que Mais rapidamente aumentou um. Escolaridade Média da População Entre 1990 e 2010, Passando de 5,6 par 7,2 Anos, tomando o Recorde Que era da China Tambem Somos UM dos paises com o Maior Avanço no Aprendizado dos Alunos, Conforme medido Pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), no periodo de 2000 a 2009. Mas Como sabemos, ainda HÁ UM Longo Caminho Pela Frente, repleto de Desafios parágrafo Que realmente tenhamos UMA Educação de Melhor Qualidade. Em Busca de Melhorias os tais, está online Análise los, sem Congresso, hum Conjunto de Metas da Educação brasileira parágrafo OS Próximos 10 Anos, o Plano Nacional de Educação (PNE). Entre como varias PROPOSTAS, CONSTA um Melhoria da Qualidade dos Ensinos Médio e fundamentais EO aumento dos Recursos aplicados nd área - Medidas Que inclusive JÁ foram anunciadas Pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad, Prioridades Como. Em meio um tais avanços, está online o Desafio de encontrar forma de ensinar UMA alinhada à era digital, Tema Que incendeia debates e vai Muito ALÉM das Questões de Investimento, Passando, definitivamente, Pela Formação do professor, algoritmos Que É, NA MESMA Medida, decisivos na e desafiador .. Afinal de contas, Como si só Dá o USO da Tecnologia em sala de aula? Ela atrapalha Ajuda UO? A IDEIA de manter Vários Alunos atentos de Todos os dias, Por Pelo Menos Cinco horas, somente com OS Recursos Tradicionais, Parece nao casar com um Eficiência Mais Que precisamos. Hoje, muitos Alunos temperatura Acesso à internet, em Casa UO los lan houses , Fazendo com Que Aulas Completamente "analógicas" nao sejam estimulantes. A Solução Mais Rápida, entao, séria democratizar o Acesso à internet. Mas apenas séria Isso mesmo? Verdade e Bem Que Dois Estudos inéditos demonstraram Como uma Tecnologia ajudou um como melhorar notas. A Fundação Carlos Chagas, Por Exemplo, concluiu UMA Avaliação dos Estudantes das Escolas Públicas do Município de São José de Freitas (PI), Que DESDE 2009 estudam com o Apoio de lousas Interativas, laptops e softwares Educativos pessoas físicas. De acordo com O Trabalho, OS Alunos melhoraram SUA Média de Matemática los 8,3 Pontos, enquanto OS Que nao usaram uma Tecnologia avançaram apenas 0,2 pontos. O Segundo Caso, da Unesco, avaliou o Desempenho de Alunos de Escolas Públicas de Hortolândia (SP), Que usaram salas de aula com lousa digital e Computador Por Aluno da UM. O Avanço FOI Duas de um Sete vezes Maior los Relação EAo Colegas Que estavam los salas comuns. Não entanto, Como Toda Questão Dois Lados temperatura, ha de si ressaltar UMA Pesquisa do Ministério da Educação do Brasil, mostrou Opaco Opaco Opaco Alunos estudaram Anos Por Três los Escolas com Computador estavam Pelo Menos SEIS Meses atrasados ​​no Aprendizado los Relação EAo Outros. Dessa forma, FICA uma Questão: o Sucesso parágrafo Que Haja Melhorias no Aprendizado Depende apenas da Tecnologia? Nao. Definitivamente, nao adianta substituir Caderno notebook por e Quadro verde Por lousa digital de Estratégia e SEM CONTEÚDOS, SEM UMA aula preparada Pelo professor de uma forma contemplar uma Tecnologia. Nao HÁ Dúvidas, o Sucesso da era digital do ensino ocorrerá somente quando ocorrerem simultaneamente Duas Ações: a inserção da Tecnologia nd sala de aula e hum professor Preparado parágrafo explora-la ao Lado Alunos de SEUS. Para finalizar, vale trazer um par DISCUSSÃO um Pesquisadora do Ministério da Educação do Brasil (MEC), Elza Cruz, candidata AO Título de PhD no Curso de Design e Tecnologia da Universidade instrucional Tecnológica de Virgínia (EUA). Para ela, nao significa disponibilizar Tecnologia implementa-la de forma Eficaz, env HÁ UMA grande Diferença Entre Seu OSU nenhum dia um dia e Como UMA Ferramenta instrucional. Ou SEJA, hum professor Precisa serviços Preparado, de Preferência ainda Durante Seu Processo de Formação, par o OSU Dessa Ferramenta los sala de aula. Quando ISSO nao Acontece, o resultado frustrante é. Fazer compras pela Internet UO Acessar como Redes Sociais nao São Critério parágrafo si alguem dizer Que está offline pronto par lecionar los hum Ambiente digital. A Tecnologia Aplicada à Educação e significativa e envolva Conhecimento NAS Áreas de Teoria de ensino e Aprendizagem Associados AO USO de Tecnologia da Comunicação. Inserir o USO das Novas possibilidades Digitais nd Formação do professor SE FAZ imprescindível e desen serviços UMA exigência dos Programas de Instituições de ensino. Somente quando uma Tecnologia Chegar à sala de aula EO professor estiver pronto parágrafo Fazer o Seu Melhor OSU, Que É uma Educação poderá SUA TRAJETÓRIA Mudar Rumo hum um novo Padrão de Qualidade. Vivian Manso e Especialista em Tecnologia Educacional.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Parabéns

Hoje é um feriado no Piauí. No dia que Teresina completa 159, os teresinenses terão a oportunidade de ter um novo olhar da cidade.




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Formar, eis a questão!

Em todos os momentos de nossa vida estamos sempre em “formação”. Formar é o processo contínuo de construção do conhecimento, pelo qual passamos e que não há finalização... A não ser com a morte! E quem sabe esse processo não continua na eternidade, em outros níveis, como o espiritual, por exemplo!

     Falar e realizar a formação continuada nos dias atuais não é fácil. Há quem torça o nariz, há quem diga que é indispensável e ainda que seja uma onda de modismo! Opiniões à parte, todos concordam que sem ela não temos como nos desenvolver, sobretudo, no campo profissional. Chega-se a pensar que só tem valor aquela formação (curso) que é paga do seu bolso, pois esta você irá pensar duas vezes antes de reclamar se presta ou não!
     A formação em si não significa nada se o formando não se debruçar no sentido de querer, de desejar ser formado, seja por conta própria, seja inserindo-se em capacitações, aperfeiçoamentos ou especializações, nos mais diferentes formatos e tempo, com as mais variadas cargas horárias, metodologias e finalidades.
     Após nos formarmos em quaisquer desses aspectos apresentados, qual é a nossa relação com o saber construído? Em que ele é aplicado? Que resultados se têm a curto, médio e longo prazo? Ou não tem resultado?
     Essa reflexão é muito pertinente antes de ingressarmos em qualquer curso proposto, pois as respostas positivas diante dela é o que nos fará avaliar se estamos no rumo certo desse investimento, seja ele de iniciativa própria ou por estar inserido em um campo que requer aperfeiçoamento profissional contínuo por ocasião do desenvolvimento de projetos, propostas ou ações, como é comum na área da Educação.
     Esse é um caminho que, ao ser iniciado, não tem volta, é como a invenção da roda! A roda que nos move rumo ao conhecimento gradativo e necessário a nossa atuação docente. Quem não tem a pré-disposição para trilhar esse caminho está fadado a ser atropelado, seja pela roda, seja pelos que conduzem o carro no qual está essa roda, ou seja, todos nós!
     Reflita como está o seu desenvolvimento profissional continuado. Qual tem sido seu interesse, compromisso, determinação e, sobretudo, ações frente a essa questão que suscita tantas reclamações, mas que é tão necessária ao avivamento profissional e por que não dizer pessoal.
     Alessandra Camargo é técnica da Secretaria de Educação do Tocantins e Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UnB), com ênfase em Formação Continuada.
Fonte : Revistas , Profissão Mestre e Gestão Educacional

domingo, 31 de julho de 2011

3º Simpósio de Hipertexto e Tecnologia

Glogster na Educação

Mas, o que é mesmo o Glogster?


O Glogster é uma rede social que permite aos utilizadores a criação de cartazes interativos gratuitos ou glogs.
Foi fundado em 2007 e, atualmente, esta rede social conta com centenas de milhares de utilizadores registados. Grande parte da comunidade Glogster é composta por jovens.

O glog, abreviatura de blog gráfico, é uma imagem multimídia interativa. Parece um pôster, mas os leitores podem interagir com o seu conteúdo, integrando recursos multissensoriais dinâmicos em ambientes tradicionais de texto.

O Glogster fornece um ambiente para criar pôsteres interativos. O utilizador insere texto, imagens, fotografias, áudio (MP3), vídeos, efeitos especiais e outros elementos nos seus glogs para gerar uma ferramenta multimídia online.O Glogster baseia-se em elementos Flash. Os pôsteres podem ser partilhados com outras pessoas. Os glogs também podem ser exportados e guardados em formatos compatíveis com o computador.
Fonte:
http://cursoinformaticaeducacional.blogspot.com/2011/07/um-auxilio-aos-professores.html

sábado, 30 de julho de 2011

Charge em Inglês|


Fonte:Fonte: Gocomics.com

Vocabulary:

I got laid off: fui despedido | find out: descobrir | loser: perdedor | to whine: queixar-se
fired: despedido | fault: culpa

terça-feira, 26 de julho de 2011

IX Congresso Internacional de Tecnologia


Tema: Educação, tecnologia e responsabilidade social
Período: 28 a 30 de setembro de 2011
Local: Centro de Convenções de Pernambuco

Fonte:http://www.pe.senac.br/ascom/congresso/ocongresso_IX.asp

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Governo lança edital do Programa Aula do Futuro 2011

Governo lança edital do Programa Aula do Futuro 2011
18/07/2011

Para fortalecer a aprendizagem de mais de 12 mil alunos da 3ª série do ensino médio da rede pública estadual, o Governo do Estado, por intermédio das secretarias de Ciência e Tecnologia (Sectec) e Educação (Seduc), lança, nesta segunda-feira (18), o edital para seleção de mil tutores que irão atuar no Programa Aula do Futuro 2011. A ação visa melhorar o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), contribuindo para sua inserção nas Instituições de Ensino Superior.

As inscrições poderão ser feitas até dia 31, no endereço eletrônico www.fapema.br/patronage. Poderão participar da seleção, conforme edital, professores que desempenham atividades no ensino médio, nas áreas de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Matemática, Física, Química, Biologia, História e Geografia.

Um ponto a destacar é que o programa Aula do Futuro não servirá como reposição das aulas não ministradas pelos professores da rede estadual durante o período de greve. Este programa desenvolverá atividades complementares ao conteúdo ministrado em sala de aula, visando Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Os candidatos pré-selecionados deverão participar de uma capacitação, com duração de uma semana, com carga horária de 18h. Aqueles que apresentarem melhor desempenho serão escolhidos para atuação como tutores do programa. Os tutores receberão bolsas no valor de R$ 580,00 para dedicação de, no mínimo, 8 horas semanais. As bolsas terão duração de até seis meses, de acordo com a disciplina ministrada.

Leia Mais
Fonte: SEDUC MA
Poderá também gostar de:

* Governadora lança Programa de Formação Profissional
* MEC lança bolsas de mestrado para professores
* Opinião: O futuro do Brasil depende da Educação

Pedagogia de Projeto

Maria Elisabette Brisola Brito Prado

Se fizermos do projeto uma camisa-de-força para todas as atividades escolares, estaremos engessando prática pedagógica. (Almeida, 2001)

Introdução
Atualmente, uma das temáticas que vêm sendo discutidas no cenário educacional é o trabalho por projetos.
Mas que projeto? O projeto político-pedagógico da escola? O projeto de sala de aula? O projeto do professor? O projeto dos alunos? O projeto de informática? O projeto da TV Escola? O projeto da biblioteca? Essa diversidade de projetos que circula freqüentemente no âmbito do sistema de ensino muitas vezes deixa o professor preocupado em saber como situar sua prática pedagógica em termos de propiciar aos alunos uma nova forma de aprender integrando as diferentes mídias nas atividades do espaço escolar.
Existem, em cada uma dessas instâncias do projeto, propostas e trabalhos interessantes; a questão é como conceber e tratar a articulação entre as instâncias do projeto para que de fato seja reconstruída na escola uma nova forma de ensinar, integrando as diversas mídias e conteúdos curriculares numa perspectiva de aprendizagem construcionista. Segundo Valente (1999), o construcionismo "significa a construção de conhecimento baseada na realização concreta de uma ação que produz um produto palpável (um artigo, um projeto, um objeto) de interesse pessoal de quem produz” (p. 141).
Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, levantar dúvidas, pesquisar e criar relações que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento. Portanto, o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de informações – que tem como centro do processo a atuação do professor – para criar situações de aprendizagem cujo foco incida sobre as relações que se estabelecem nesse processo, cabendo ao professor realizar as mediações necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está aprendendo a partir das relações criadas nessas situações. A esse respeito Valente (2000) acrescenta: "(...) no desenvolvimento do projeto o professor pode trabalhar com [os alunos] diferentes tipos de conhecimentos que estão imbricados e representados em termos de três construções: procedimentos e estratégias de resolução de problemas, conceitos disciplinares e estratégias e conceitos sobre aprender" (p. 4).
No entanto, para fazer a mediação pedagógica, o professor precisa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, ou seja, entender seu caminho, seu universo cognitivo e afetivo, bem como sua cultura, história e contexto de vida. Além disso, é fundamental que o professor tenha clareza da sua intencionalidade pedagógica para saber intervir no processo de aprendizagem do aluno, garantindo que os conceitos utilizados, intuitivamente ou não, na realização do projeto sejam compreendidos, sistematizados e formalizados pelo aluno.
Outro aspecto importante na atuação do professor é o de propiciar o estabelecimento de relações interpessoais entre os alunos e respectivas dinâmicas sociais, valores e crenças próprias do contexto em que vivem. Portanto, existem três aspectos fundamentais que o professor precisa considerar para trabalhar com projetos: as possibilidades de desenvolvimento de seus alunos; as dinâmicas sociais do contexto em que atua e as possibilidades de sua mediação pedagógica.
O trabalho por projetos requer mudanças na concepção de ensino e aprendizagem e, conseqüentemente, na postura do professor. Hernández (1988) enfatiza que o trabalho por projeto "não deve ser visto como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola" (p. 49). Essa compreensão é fundamental, porque aqueles que buscam apenas conhecer os procedimentos, os métodos para desenvolver projetos, acabam se frustrando, pois não existe um modelo ideal pronto e acabado que dê conta da complexidade que envolve a realidade de sala de aula, do contexto escolar.
Mas que realidade? Claro que existem diferenças e todas precisam ser tratadas com seriedade para que a comunidade escolar possa constituir-se em um espaço de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo, afetivo, cultural e social dos alunos. Uma realidade com a qual o professor depara atualmente é caracterizada pela chegada de novas tecnologias (computador, Internet, vídeo, televisão) na escola, que apontam novos desafios para a comunidade escolar. O que fazer diante desse novo cenário? De repente, o professor que, confortavelmente, desenvolvia sua ação pedagógica – tal como havia sido preparado durante sua vida acadêmica e pela sua experiência em sala de aula – se vê diante de uma situação que implica novas aprendizagens e mudanças na prática pedagógica.
A pedagogia de projetos, embora constitua um novo desafio para o professor, pode viabilizar ao aluno um modo de aprender baseado na integração entre conteúdos das várias áreas do conhecimento, bem como entre diversas mídias (computador, televisão, livros) disponíveis no contexto da escola. Por outro lado, esses novos desafios educacionais ainda não se encaixam na estrutura do sistema de ensino, que mantém uma organização funcional e operacional – como, por exemplo, horário de aula de 50 minutos e uma grade curricular seqüencial, que dificulta o desenvolvimento de projetos que envolvam ações interdisciplinares, que contemplem o uso de diferentes mídias disponíveis na realidade da escola e impliquem aprendizagens que extrapolam o tempo da aula e o espaço físico da sala de aula e da escola.
Daí a importância do desenvolvimento de projetos articulados que envolvam a co-autoria dos vários protagonistas do processo educacional. O fato de um projeto de gestão escolar estar articulado com o projeto de sala de aula do professor, que por sua vez visa propiciar o desenvolvimento de projetos em torno de uma problemática de interesse de um grupo de alunos, integrando o computador, materiais da biblioteca e a televisão, torna-se fundamental para o processo de reconstrução de uma nova escola. Isso porque a parceria que se estabelece entre os protagonistas (gestores, professores, alunos) da comunidade escolar pode facilitar a busca de soluções que permitam viabilizar a realização de novas práticas pedagógicas, tendo em vista a aprendizagem para a vida.
A pedagogia de projetos, na perspectiva da integração entre diferentes mídias e conteúdos, envolve a inter-relação de conceitos e princípios, os quais sem a devida compreensão podem fragilizar qualquer iniciativa de melhoria de qualidade na aprendizagem dos alunos e de mudança da prática do professor. Por essa razão, os tópicos a seguir abordam e discutem alguns conceitos, bem como possíveis implicações envolvidas na perspectiva da pedagogia de projetos, que se viabiliza pela articulação entre mídias, saberes e protagonistas.
Conceito de projeto
A idéia de projeto envolve a antecipação de algo desejável que ainda não foi realizado, traz a idéia de pensar uma realidade que ainda não aconteceu. O processo de projetar implica analisar o presente como fonte de possibilidades futuras (Freire e Prado, 1999). Tal como vários autores sugerem, a origem da palavra projeto deriva do latim projectus, que significa algo lançado para frente. A idéia de projeto é própria da atividade humana, da sua forma de pensar em algo que deseja tornar real, portanto o projeto é inseparável do sentido da ação (Almeida, 2002). Assim, Barbier (In Machado, 2000) salienta: "(...) o projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma idéia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma idéia a transformar em acto" (p. 6).
No entanto, o ato de projetar requer abertura para o desconhecido, para o não-determinado e flexibilidade para reformular as metas à medida que as ações projetadas evidenciam novos problemas e dúvidas.
Um dos pressupostos básicos do projeto é a autoria – seja individual, em grupo ou coletiva. A esse respeito, Machado (2000) destaca que não se pode ter projeto pelos outros. É por essa razão que enfatizamos que a possibilidade de o professor ter o seu projeto de sala de aula não significa que este deverá ser executado pelo aluno. Cabe ao professor elaborar projetos para viabilizar a criação de situações que propiciem aos alunos desenvolverem seus próprios projetos. São níveis de projetos distintos que se articulam nas interações em sala de aula. Por exemplo, o projeto do professor pode ser descobrir estratégias para que os alunos construam seus projetos tendo em vista discutir sobre uma problemática de seu cotidiano ou de um assunto relacionado com os estudos de certa disciplina, envolvendo o uso de diferentes mídias disponíveis no espaço escolar. Isso significa que o projeto do professor pode ser constituído pela própria prática pedagógica, a qual será antecipada (relacionando as referências das experiências anteriores e as novas possibilidades do momento), colocada em ação, analisada e reformulada. De certa forma, essa situação permite ao professor assumir uma postura reflexiva e investigativa da sua ação pedagógica e, portanto, caminhar no sentido de reconstruí-la com vistas a integrar o uso das mídias numa abordagem interdisciplinar.
Para isso, é necessário compreender que no trabalho por projetos as pessoas se envolvem para descobrir ou produzir algo novo, procurando respostas a questões ou problemas reais. "Não se faz projeto quando se tem certezas, ou quando se está imobilizado por dúvidas " (Machado, 2000, p. 7). Isso significa que o projeto parte de uma problemática e, portanto, quando se conhece a priori todos os passos para solucionar o problema, esse processo se constitui num exercício e aplicação do que já se sabe (Almeida, 2002). Projeto não pode ser confundido com um conjunto de atividades que o professor propõe para que os alunos realizem a partir de um tema dado pelo professor ou sugerido pelo aluno, resultando numa apresentação de trabalho.
Na pedagogia de projetos, é necessário "ter coragem de romper com as limitações do cotidiano, muitas vezes auto-impostas" (Almeida e Fonseca Júnior, 2000, p. 22) e "delinear um percurso possível que pode levar a outros, não imaginados a priori" (Freire e Prado, 1999, p. 113). Mas, para isso é fundamental repensar as potencialidades de aprendizagem dos alunos para a investigação de problemáticas que possam ser significativas para eles e repensar o papel do professor nessa perspectiva pedagógica, integrando as diferentes mídias e outros recursos existentes no contexto da escola.
Aprendendo e "ensinando" com projetos
A pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que lhe impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que emergem durante o desenvolvimento do projeto. Nessa situação de aprendizagem, o aluno precisa selecionar informações significativas, tomar decisões, trabalhar em grupo, gerenciar confronto de idéias, enfim, desenvolver competências interpessoais para aprender de forma colaborativa com seus pares.
A mediação do professor é fundamental, pois, ao mesmo tempo em que o aluno precisa reconhecer sua própria autoria no projeto, ele também precisa sentir a presença do professor, que ouve, questiona e orienta, visando propiciar a construção de conhecimento do aluno. A mediação implica a criação de situações de aprendizagem que permitam ao aluno fazer regulações, uma vez que os conteúdos envolvidos no projeto precisam ser sistematizados para que os alunos possam formalizar os conhecimentos colocados em ação. O trabalho por projeto potencializa a integração de diferentes áreas de conhecimento, assim como a integração de várias mídias e recursos, os quais permitem ao aluno expressar seu pensamento por meio de diferentes linguagens e formas de representação. Do ponto de vista de aprendizagem no trabalho por projeto, Prado (2001) destaca a possibilidade de o aluno recontextualizar aquilo que aprendeu, bem como estabelecer relações significativas entre conhecimentos.
Nesse processo, o aluno pode ressignificar os conceitos e as estratégias utilizados na solução do problema de investigação que originou o projeto e, com isso, ampliar seu universo de aprendizagem.
Em se tratando dos conteúdos, a pedagogia de projetos é vista por seu caráter potencializador da interdisciplinaridade. Isto de fato pode ocorrer, pois o trabalho com projetos permite romper com as fronteiras disciplinares, favorecendo o estabelecimento de elos entre as diferentes áreas do conhecimento numa situação contextualizada da aprendizagem. No entanto, muitas vezes o professor atribui valor para as práticas interdisciplinares, e com isso passa a negar qualquer atividade disciplinar. Essa visão é equivocada, pois Fazenda (1994) enfatiza que a interdisciplinaridade se dá sem que haja perda da identidade das disciplinas. Nesse sentido, Almeida (2002) corrobora com essas idéias destacando: "(...) que o projeto rompe com as fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes áreas de conhecimento, mobilizadas na investigação de problemáticas e situações da realidade. Isso não significa abandonar as disciplinas, mas integrá-las no desenvolvimento das investigações, aprofundando-as verticalmente em sua própria identidade, ao mesmo tempo, que estabelecem articulações horizontais numa relação de reciprocidade entre elas, a qual tem como pano de fundo a unicidade do conhecimento em construção".
O conhecimento específico – disciplinar – oferece ao aluno a possibilidade de reconhecer e compreender as particularidades de um determinado conteúdo, e o conhecimento integrado – interdisciplinar – dá-lhe a possibilidade de estabelecer relações significativas entre conhecimentos. Ambos se realimentam e um não existe sem o outro.
Esse mesmo pensamento serve para orientar a integração das mídias no desenvolvimento de projetos. Conhecer as especificidades e as implicações do uso pedagógico de cada mídia disponível no contexto da escola favorece ao professor criar situações para que o aluno possa integrá-las de forma significativa e adequada à Tecnologia, currículo e projetos desenvolvimento do seu projeto. Por exemplo, quando o aluno utiliza o computador para digitar um texto, é importante que o professor conheça o que envolve o uso desse recurso em termos de ser um meio pedagógico, mas um meio que pode interferir no processo de o aluno reorganizar suas idéias e a maneira de expressá-las. De igual maneira em relação a outras mídias que estão ao alcance do trabalho pedagógico. Estar atento e buscando a compreensão do uso das mídias no processo de ensino e aprendizagem é fundamental para sua integração no trabalho por projetos.
De fato, a integração efetiva poderá ser desenvolvida à medida que sejam compreendidas as especificidades de cada universo envolvido, de modo que as diferentes mídias possam ser integradas ao projeto, conforme suas potencialidades e características, caso contrário, corre-se o risco da simples justaposição de mídias ou de sua subutilização. Isso nos reporta a uma situação já conhecida de muitos professores que atuam com a informática na educação. Um especialista em informática que não compreende as questões relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem terá muita dificuldade para fazer a integração das duas áreas de conhecimento – informática e educação. Isso também acontece no caso de um especialista da educação que não conhece as funcionalidades, as implicações e as possibilidades interativas envolvidas nos diferentes recursos computacionais. Claro que não se espera a mesma expertise nas duas áreas de conhecimento para poder atuar com a informática na educação, mas o desconhecimento de uma das áreas pode desvirtuar uma proposta integradora da informática na educação.
Para integrá-las, é preciso compreender as características inerentes às duas áreas e às práticas pedagógicas na qual essa integração se concretiza.
Essa visão atualmente apresenta-se de forma mais ampla, uma vez que o desenvolvimento da tecnologia avança vertiginosamente e sua presença na escola se torna mais freqüente a cada dia. Uma preocupação é que o professor não foi preparado para desenvolver o uso pedagógico das mídias. E para isso não basta que ele aprenda a operacionalizar os recursos tecnológicos, a exigência em termos de desenvolver novas formas de ensinar e de aprender é muito maior. Essa questão, no entanto, diz respeito à formação do professor – aquela que poderá ser desenvolvida na sua própria ação e de forma continuada, pois hoje com a tecnologia basta ter o apoio institucional que prioriza a qualidade do trabalho educacional.
Algumas considerações
O fato de a pedagogia de projetos não ser um método para ser aplicado no contexto da escola dá ao professor uma liberdade de ação que habitualmente não acontece no seu cotidiano escolar. No entanto, essa situação pode provocar certo desconforto, pois seus referenciais sobre como desenvolver a prática pedagógica não se encaixam nessa perspectiva de trabalho. Assim, surgem entre os professores vários tipos de questionamentos, que representam uma forma interessante na busca de novos caminhos. Mas se o trabalho por projetos for visto tanto pelo professor como pela direção da escola como uma camisa-de-força, isso pode paralisar as ações pedagógicas e seu processo de reconstrução.
Uma questão que gera questionamento entre os professores é o fato de que nem todos os conteúdos curriculares previstos para serem estudados numa determinada série/nível de escolaridade são possíveis de serem abordados no contexto do projeto. Essa é uma situação que mostra que o projeto não pode ser concebido como uma camisa-de-força, pois existem momentos em que outras estratégias pedagógicas precisam ser colocadas em ação para que os alunos possam aprender determinados conceitos.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha abertura e flexibilidade para relativizar sua prática e as estratégias pedagógicas, com vistas a propiciar ao aluno a reconstrução do conhecimento.
O compromisso educacional do professor é justamente saber o que, como, quando e por que desenvolver determinadas ações pedagógicas. E para isso é fundamental conhecer o processo de aprendizagem do aluno e ter clareza da sua intencionalidade pedagógica.
Outro questionamento que normalmente vem à tona diz respeito à duração de um projeto, uma vez que a atuação do professor segue um calendário escolar e, portanto, pensar na possibilidade de ter um projeto sem fim cria certa preocupação em termos de seu compromisso com os alunos de uma determinada turma. Nesse sentido, uma possibilidade seria pensar no desenvolvimento de um projeto que tenha começo, meio e fim, tratando esse fim como um momento provisório, ou seja, que a partir de um fim possam surgir novos começos. A importância desse ciclo de ações é justamente que o professor possa criar momentos de sistematização da Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações dos conceitos, estratégias e procedimentos utilizados no desenvolvimento do projeto. A formalização pode propiciar a abertura para um novo ciclo de ações num nível mais elaborado de compreensão dando, portanto, o formato de uma espiral ascendente, representando o mecanismo do processo de aprendizagem.
Referências bibliográficas:
ALMEIDA, F. J.;FONSECA JÚNIOR, F. M. Projetos e ambientes inovadores. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – Seed/ Proinfo – Ministério da Educação, 2000.

ALMEIDA, M. E. B. de. Como se trabalha com projetos (entrevista). Revista TV Escola. Secretaria de Educação a dstância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, no 22, março/abril, 2002.

PROEM. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo, 2002.

FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. Campinas Papirus, 1994.

FREIRE, F. M. P.; PRADO, M. E. B. B. Projeto pedagógico: pano de fundo para escolha de um softwares educacional. In VALENTE, J. A. (Org.) O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: Unicamp-nied, 1999.

HERNÁNDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

MACHADO, N. J. Educação: projetos e valores. São Paulo: Escrituras Editora, 2000.

PRADO, M. E. B. B. Articulando saberes e transformando a prática. Boletim do Salto para o Futuro. Série

Tecnologia e Currículo, TV Escola. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – Seed. Ministério da Educação, 2001.

PROEM. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo, 2002.

VALENTE, J. A. Formação de professores: diferentes abordagens pedagógicas. In VALENTE, J. A. (Org.) O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: Unicamp-nied, 1999.

Fonte; http://proinfo-100h.spaceblog.com.br/3/

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amizade

"Quero ser o teu amor amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amor amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias..."
Fernando Pessoa.
Fonte:

terça-feira, 19 de julho de 2011

Anima Mundi

O Anima Mundi 2011, cuja 19ª edição acontece de 15 a 24 de julho, no Rio de Janeiro, vai homenagear o diretor Carlos Saldanha, que este ano, mais uma vez, arrastou milhões de espectadores aos cinemas de todo o mundo com a animação Rio. O carioca, que ainda traz no currículo Robôs e a trilogia Era do Gelo, compartilhará um pouco da sua experiência e conhecimento em dois momentos: no Papo Animado, com uma palestra dedicada aos seus trabalhos, e em duas mesas de debate no VI Anima Forum, série de encontros que discute os rumos e as novidades do mercado
Fonte :http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/anima-mundi-tera-carlos-saldanha-e-outros-mestres-da-animacao-mundial

sábado, 16 de julho de 2011

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2011


O Ministro de Estado de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante anunciou que a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia deste ano terá como tema "As mudanças climáticas, desastres naturais e prevenção de riscos". O evento ocorrerá entre 17 e 23 de outubro em todo o país. Além de debater as formas de enfrentar e prevenir desequilíbrios causados pelos desastres naturais será promovido atividades voltadas para o lema do Ano Internacional da Química (AIQ): "Química para um mundo melhor".


terça-feira, 12 de julho de 2011

Kika - De onde vem o livro?

Kika e a série

TV ESCOLA- SÉRIE DE ONDE VEM?:::

Biblioteca online sobre educação é lançada pela Fundação Carlos Chagas


A Fundação Carlos Chagas, em parceria com a SciELO (Scientific Electronic Library Online), lançou na semana passada o Educ@, uma biblioteca online com periódicos da área de educação.

Iniciativa pioneira na América Latina, o Educ@ usa a metodologia certificada pela SciELO, que analisa, classifica e cataloga publicações na área da educação, de forma a permitir o acesso direto, gratuito e livre de outros usuários interessados, como acadêmicos, profissionais e cidadãos em geral.

Fácil de ser usado, o Educ@ permite que a busca pelos artigos seja feita por critérios como título, conteúdo, data, autor, nomes das instituições publicadoras ou local de publicação. Além do download, é possível também realizar facilmente o envio do material por e-mail.

A pesquisa pode ser feita em três idiomas: português, inglês e espanhol. Há, ainda, uma ferramenta de tradução para facilitar a compreensão do texto. O Educ@ pode ser acessado pelo endereço http://educa.fcc.org.br.
Fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=478174344310082344

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Desenvolvimento Sustentável - Vídeo Educacional


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Você já parou para pensar no que significa a palavra "progresso"? Pois então pense: estradas, indústrias, usinas, cidades, máquinas e muitas outras coisas que ainda estão por vir e que não conseguimos nem ao menos imaginar. Algumas partes desse processo todo são muito boas, pois melhoram a qualidade de vida dos seres humanos de uma forma ou de outra, como no transporte, comunicação, saúde, etc. Mas agora pense só: será que tudo isso de bom não tem nenhum preço? Será que para ter toda essa facilidade de vida nós, humanos, não pagamos nada?
Você já ouviu alguém dizer que para tudo na vida existe um preço? Pois é, nesse caso não é diferente. O progresso, da forma como vem sendo feito, tem acabado com o ambiente ou, em outras palavras, destruído o planeta Terra e a Natureza. Um estudioso do assunto disse uma vez que é mais difícil o mundo acabar devido a uma guerra nuclear ou a uma invasão extraterrestre (ou uma outra catástrofe qualquer) do que acabar pela destruição que nós, humanos, estamos provocando em nosso planeta. Você acha que isso tudo é um exagero? Então vamos trocar algumas idéias.
E o Desenvolvimento Sustentável?
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.
As pessoas que trabalharam na Agenda 21 escreveram a seguinte frase: "A humanidade de hoje tem a habilidade de desenvolver-se de uma forma sustentável, entretanto é preciso garantir as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras gerações em encontrar suas próprias necessidades". Ficou confuso com tudo isso? Então calma, vamos por partes. Essa frase toda pode ser resumida em poucas e simples palavras: desenvolver em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem, de acordo com as suas necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência). Será que dá para fazer isso? Será que é possível conciliar tanto progresso e tecnologia com um ambiente saudável?
Acredita-se que isso tudo seja possível, e é exatamente o que propõem os estudiosos em Desenvolvimento Sustentável (DS), que pode ser definido como: "equilíbrio entre tecnologia e ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes países na busca da equidade e justiça social".
Para alcançarmos o DS, a proteção do ambiente tem que ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente; é aqui que entra uma questão sobre a qual talvez você nunca tenha pensado: qual a diferença entre crescimento e desenvolvimento? A diferença é que o crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça sociais, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população. O desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta.
O DS tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:
 A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc);
A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver);
ƒ A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal);
A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);
A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os índios);
A efetivação dos programas educativos.
Na tentativa de chegar ao DS, sabemos que a Educação Ambiental é parte vital e indispensável, pois é a maneira mais direta e funcional de se atingir pelo menos uma de suas metas: a participação da população.

Texto: Marina Ceccato Mendes

Bibliografia Recomendada
SATO, M.; SANTOS, J. E. Agenda 21 em sinopse. São Carlos, 1996. 41 p. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de São Carlos.
CAVALCANTI, C. Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo, Cortez Editora, 1995
Fonte:

OCDE lança documentário sobre crescimento do Brasil no PISA

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançou documentário sobre o expressivo crescimento dos índices brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). O vídeo Strong Performers and Successful Reformers in Education – Brazil (Desempenho consistente e reformas bem-sucedidas na educação brasileira) traz entrevistas com o ministro da Educação, Fernando Haddad, com especialistas e secretários de educação do país.

Todos traçam o caminho percorrido pelo Brasil até o salto de qualidade no desempenho dos estudantes brasileiros nos testes da OCDE em 2009. Como exemplo, o município de Sobral. A cidade cearense, que apresentava pontuação de 3,2 no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) em 2005, chegou a 4,4 em 2009. Ou seja, saiu das últimas posições entre as 27 unidades da Federação para o 14º lugar no ranking do país.

No resultado geral do Pisa de 2009, o Brasil cresceu, sobretudo, em matemática — de 334 pontos em 2000 para 386 em 2009. Em ciências, foi de 375 a 405. Em leitura, de 396 a 412. Com esses resultados, aparece entre os três países que mais evoluíram em educação na década.

O documentário da OCDE mostra iniciativas brasileiras que ganharam destaque no cenário internacional, como a criação da Prova Brasil, em 1995, a criação e a divulgação do Ideb, em 2007, e mecanismos de valorização das escolas, com a ampliação da autonomia daquelas que cumprem ou ultrapassam as metas estabelecidas. As escolas com desempenho insuficiente não sofreram corte de recursos, “para não punir a criança uma segunda vez”, como explica o ministro Fernando Haddad.

“A liberdade que demos às escolas e às redes para construir a própria estratégia transformou o Brasil numa espécie de laboratório de boas práticas”, disse o ministro. “Cada estado procura seu caminho à luz de sua realidade e de sua tradição, mas tendo em vista que o objetivo é nacional.”

Além da valorização das melhores escolas, o ministro lembra que o percentual de investimentos públicos em educação chegou, em 2009, a 5% do PIB do país. “Dobramos, em termos reais, o investimento por aluno na educação básica”, destaca. Haddad lembra, no documentário, que o Plano Nacional de Educação estabelece uma meta de progressão salarial para professores, de forma a alcançar a média dos demais profissionais de nível superior do país.

Superação — A educação brasileira evoluiu 33 pontos nos exames do Pisa realizados entre 2000 e 2009. Foi superado apenas pelo Chile (37 pontos) e por Luxemburgo (38). Em 2000, a média brasileira era de 368 pontos, contra 401 em 2009. Na tabela geral, o Brasil está na 53ª posição, depois de superar Argentina e Colômbia, entre os latino-americanos. Ficou 19 pontos atrás do México (49º), 26 do Uruguai (47º) e 38 atrás do Chile (45º).

Foram avaliados os processos educativos de 65 países, 34 deles da OCDE. Fizeram as provas de leitura, matemática e ciências 20 mil estudantes brasileiros nascidos em 1993.

Assessoria de Comunicação Social

Fonte: MEC

terça-feira, 5 de julho de 2011

Méritos e preconceitos



Pode-se considerar preparada para fazer suas próprias escolhas de vida e exercer cidadania toda pessoa de presumível maturidade, que domine fundamentos das ciências naturais e sociais, que saiba ler e escrever e que tenha condições operacionais de uso da aritmética. Tal pessoa não terá necessidade de ser guiada por nenhum gênio de plantão e a função do ensino básico é proporcionar aos alunos tais condições; educar também é, e deve ser sempre, libertar.
     O mesmo ocorre nos demais níveis educacionais. Educação pública ou privada custa caro ao país e à sociedade para ser desviada do seu real objetivo. Educação é a verdadeira perspectiva de justiça social para milhões de brasileiros, condição indispensável para o desenvolvimento do país e o acesso à educação superior é o coroamento deste processo.

     O chamado tripé da educação superior é constituído por ensino, pesquisa e extensão. São partes relevantes de algo muito importante: pesquisa, quando feita seriamente, é a garantia do futuro de uma nação; extensão é democracia, a abertura para a comunidade das benesses da universidade. Mas é o ensino que encerra em si quase toda esperança depositada pela sociedade na academia, os recursos gastos, o tempo, o labor, a dedicação dos professores, estudantes e familiares na procura por conhecimento, reconhecimento, empregabilidade e melhoria de vida.
     E para que isso seja alcançado é crucial que se tenha em mente uma palavra, um verdadeiro palavrão para alguns: resultados. É impossível que se faça qualquer coisa em qualquer área ignorando os objetivos que se almeja, e educação, como todas as instituições, deve ser avaliada, fiscalizada, cobrada. Toda a sociedade paga por ela e merece retorno em forma de qualidade, de estudantes bem formados, de um país melhor.
     Há uma enorme resistência quando se fala em avaliar educação, educandos e educadores. Qualquer proposta de analisar métodos e resultados nesta área gera acusações ao proponente de ser “positivista”, “fordista-taylorista” ou coisa pior; de fato, as teorias e métodos de Taylor, Fayol e Ford estão superados, mas tiveram o seu momento e a sua relevância.
     A produção artesanal anterior à 1ª revolução industrial era, talvez, mais “humana”, o trabalhador tinha participação e controle em todas etapas, da obtenção da matéria prima à comercialização, podia dizer que o resultado de seu trabalho era totalmente de sua lavra. Os objetos produzidos eram o que hoje caracterizamos quase como obras de arte, únicos, individuais; o senão era a pequena escala produtiva, que os encarecia e restringia sua posse a poucos privilegiados, não esquecendo que o ingresso nas corporações de artesões seguia protocolos que enrubesceriam até mesmo os mais nepotistas.
     Os processos industriais, como a linha de montagem de Henry Ford, possibilitaram que a maioria de pessoas tivesse acesso a bens de consumo, mais do que em qualquer outro momento da História.
     Embora o mero consumo não traga felicidade, é evidente que o mundo seria mais limpo e silencioso com menos automóveis e que são muitas as injustiças sociais decorrentes da industrialização. Que atire a 1ª pedra quem tiver coragem de dizer isso ao cidadão que finalmente consegue comprar o seu primeiro carro; ou quem puder afirmar que os servos feudais viviam em condições comparáveis às dos trabalhadores modernos.
     Carregamos, é verdade, a má consciência de uma das piores distribuições de renda do Ocidente, e relutamos em adotar melhorias que impliquem em uma atribuição madura de responsabilidades. Em função de um socialismo utópico que nunca conhecemos na prática, adquirimos ojeriza à meritocracia. A ideia de que alguém possa responder por seus atos, ser premiado por seus esforços ou punido por seus erros parece um crime de lesa pátria. A mudança de alguns velhos paradigmas certamente traria benefícios ao processo educacional. 
Fonte : Texto de Wanda Camargo, presidente da Comissão do Processo Seletivo das Faculdades Integradas do Brasil – UniBras

domingo, 26 de junho de 2011

Tecnologias para a gestão democrática

ESTÃO DE TECNOLOGIAS NA ESCOLA: POSSIBILIDADES DE UMA PRÁTICA DEMOCRÁTICA
      
                                                        Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida
                         O sentido das palavras                              
   Compreender o que é a gestão de tecnologias na escola implica começar a pensar no conceito primeiro de tecnologia e de gestão.
Tecnologia é um conceito com múltiplos significados, que variam conforme o contexto (Reis, 1995), podendo ser vista como: artefato, cultura, atividade com determinado objetivo, processo de criação, conhecimento sobre uma técnica e seus respectivos processos etc. Japiassu e Marcondes (1993, p. 232) acentuam o sentido da palavra técnica na ciência moderna como a “aplicação prática do conhecimento científico teórico a um campo específico da atividade humana”.
Em 1985, Kline (Reis, 1995, p. 48) propôs uma definição de tecnologia como o estudo do emprego de ferramentas, aparelhos, máquinas, dispositivos, materiais, objetivando uma ação deliberada e a análise de seus efeitos. Envolve o uso de uma ou mais técnicas para atingir determinado resultado, o que inclui as crenças e os valores subjacentes às ações, estando relacionada com o desenvolvimento da humanidade, sua emancipação, ou controle e dominação.
Ciência e tecnologia formam um complexo e, ao optar por determinada maneira de utilizá-las, o ser humano revela sua forma de ver e interpretar o mundo e se posicionar diante dele como sujeito histórico de seu tempo e lugar. A mesma tecnologia ou o mesmo conhecimento elucidativo, que enriquecem o saber humano, favorecem novas conquistas e geram a evolu-ção, a libertação e a transformação da sociedade, também podem provocar a subjugação da humanidade e ameaçar o ecossistema.
Assim como tecnologia, o conceito etimológico de gestão traz diversos sentidos decorrentes da ação de gestar, trazer, ou do efeito de gerir, administrar, dirigir, proteger, abrigar ou, ainda, produzir, criar, ter consigo, nutrir, manter, mostrar, fazer aparecer, digerir, pôr em ordem, classificar... (Dicionário Houaiss, 2001).
Atualmente, a noção de gestão no âmbito das organizações engloba os processos sociais que nelas se desenvolvem e as complexas relações que se estabelecem em seu interior e exterior. Gestão organizacional passou a ser um conceito abrangente e dinâmico, que extrapola a concepção de organização administrada como máquina e se aproxima dos paradigmas associados à sociedade da informação e às mudanças de suas práticas com o intenso uso das tecnologias de informação e comunicação, o que gera uma outra dimensão da gestão, que trata da gestão de informações e conhecimentos (Vieira, Almeida e Alonso, 2003).
A rede de informações e conhecimentos tecida na organização constitui um organismo vivo, cujo sistema tem uma capilaridade que se realimenta do próprio contexto, das competências individuais, projetos, recursos e conhecimentos produzidos internamente, bem como do que é gerado no ambiente externo. Essa rede representa mais do que um recurso tecnológico, tendo a função de organizar e viabilizar as ligações (conexões) entre as informações (nós), processá-las, mantê-las em memórias dinâmicas, realizar a busca seletiva e sua atualização instantânea.
À semelhança dos organismos vivos, as organizações educacionais englobam distintas dimensões do sistema educativo, destacando-se as dimensões cognitivas, sociais, políticas, pedagógicas, técnico-administrativas e as redes de conexões que articulam os distintos elementos que interferem em sua vida e funcionamento.
A visão de gestão no contexto escolar representa a orientação e a liderança da rede de relações complexas que se estabelecem em seus espaços, caracterizada pela diversidade, pluralidade de interesses e movimentos dinâmicos de interação e mudanças que emergem no conflito de interesses e dinamizam a dialética das relações.
Nessa perspectiva, a concepção de gestão educacional assume um significado abrangente, democrático e transformador, que supera e relativiza o conceito de administração escolar, embora não o despreze, porque ele constitui uma das dimensões da gestão escolar voltada à compreensão da escola como espaço de conflitos de relações interpessoais; de negociação entre interesses coletivos e projetos pessoais para a construção do projeto político-pedagógico da escola; de democratização dos processos e produtos; de emergência e alternância de lideranças; de socialização de tecnologias e sua utilização na produção de saberes, no acompanhamento de suas atividades; na identificação e articulação entre competências, habilidades e talentos das pessoas que atuam na escola, com vistas à resolução de suas problemáticas.
A gestão de tecnologias na escola implica compreender e articular duas concepções essenciais a esse processo: gestão e tecnologias, cuja conexão se viabiliza nas práticas escolares com o uso de tecnologias.
                           Tecnologias e gestão na escola                                           
      A trajetória percorrida na introdução de tecnologias na escola pode caracterizar-se pela sujeição de professores, alunos, coordenadores e gestores a meros consumidores de informações, apresentando-se como uma barreira à criação de ambientes de aprendizagem mais abertos, permeáveis, flexíveis e participativos. A par disso, se observam práticas de uso de tecnologias em escolas que revelam novos papéis dos agentes educativos como organizadores de informações e criadores de significados, que apóiam suas atividades no estudo de fontes externas e na realização de atividades colaborativas para a produção de conhecimentos relacionados com a resolução de problemas concretos do contexto. Nesta última situação, as tecnologias são selecionadas e agregadas ao trabalho conforme as necessidades da atividade em realização e suas características intrínsecas.
Em qualquer um dos casos, a atuação do gestor como liderança da escola é essencial! O gestor líder é aquele que apóia a emergência de movimentos de mudança na escola e percebe nas tecnologias oportunidades para que a escola possa se desenvolver. Ele busca criar condições para a utilização de tecnologias nas práticas escolares, de forma a redimensionar seus espaços, tempos e modos de aprender, ensinar, dialogar e lidar com o conhecimento. Ele procura identificar as potencialidades dos recursos disponíveis para proporcionar a abertura da escola à comunidade, integrá-la aos distintos espaços de produção do saber, fazer da escola um local de produção e socialização de conhecimentos para a melhoria da vida de sua comunidade, para a resolução de suas problemáticas, para a transformação de seu contexto e das pessoas que nele atuam.
Compreender as potencialidades inerentes à cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, a qual se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação.
Para que seja possível usufruir as contribuições das tecnologias na escola, é importante considerar suas potencialidades para produzir, criar, mostrar, manter, atualizar, processar, ordenar, o que se aproxima das características da concepção de gestão. Tratar de tecnologias na escola engloba processos de gestão de tecnologias, recursos, informações e conhecimentos que abarcam relações dinâmicas e complexas entre parte e todo, elaboração e organização, produção e manutenção.
A criação de redes proporciona a superação de concepções dicotômicas e entrelaça conceitos que se tornaram disjuntos pela ciência moderna. Deste modo, a escola e seus atores e autores, sujeitos do ato educativo, têm a oportunidade de encontrar nas tecnologias o suporte adequado ao desenvolvimento e integração entre as atividades técnico-administrativas, políticas, sociais e pedagógicas por meio de nós e ligações que compõem a tessitura da rede.
                                      Gestão de tecnologias na escola
      Atualmente, muitos autores colocam o foco de seus estudos na gestão escolar. Lück (2001) acentua a importância da tomada de consciência dos gestores para a sua atuação nas mudanças, uma vez que a realidade pode ser mudada a qualquer momento, quando as pessoas se compreendem como produtoras de sua realidade por meio de seu trabalho – práxis. Ela reafirma “a importância de se dirigir a instituição não impositivamente, mas, sim, a partir dela mesma, em sua relação integrada com a comunidade a que deve servir. Isso porque o homem, para conhecer as coisas em si, deve primeiro transformá-las em coisas para si (Kosik, 1976, p. 18)”. Lück traz importantes contribuições para se compreender a gestão escolar transformadora e democrática. Embora ele não leve em conta as contribuições das tecnologias para sua concretização, não direcionando seu olhar para a gestão de tecnologias, os aspectos que enfatiza ajudam a entender a apropriação e gestão das TIC no contexto escolar.
É evidente que o profissional que não domina as tecnologias existentes na escola, nem compreende as possíveis contribuições destas ao seu fazer profissional, tende a rejeitá-las e não as coloca à disposição da comunidade para a construção coletiva de significados e sentidos no âmbito de seu contexto. Isso se evidencia em incontáveis situações em que a escola não se apropriou dos artefatos tecnológicos disponíveis em seus espaços, desde os mais convencionais (retroprojetor, microscópio, máquina fotográfica etc.) até as TIC, e não faz a gestão desses recursos, os quais se encontram ignorados em algum depósito, numa atitude incongruente com a proposta de gestão compartilhada.
A incorporação de tecnologias nas atividades da escola envolve distintos aspectos da gestão decorrentes do efeito de gerir, administrar, proteger, manter, colocar em ordem, ou seja, de tornar utilizáveis os recursos tecnológicos. Isto significa registrar, organizar, recuperar e atualizar as informações; produzir estratégias de comunicação e participação; abrigar e administrar as atividades, conteúdos e recursos; gerir ambientes e processos de avaliação; estabelecer novas relações com a história, consigo mesmo, com o mundo e com o saber.
Paralelamente, no atual estágio de desenvolvimento das TIC, assiste-se à incorporação de propriedades de distintas tecnologias em um único artefato tecnológico, no qual convergem diferentes formas de expressar o pensamento e representar o conhecimento pela integração de linguagens verbais, icônicas, sonoras, visuais, textuais e hipertextuais, as quais proporcionam novos modos de criar, pensar, comunicar, interagir, aprender e ensinar, viabilizando o exercício do diálogo, a polifonia em relação à forma e ao conteúdo e à reconstrução de significados.
Ao analisar as reações, manifestações e percepções expostas por gestores numa situação de formação semipresencial para a inserção das TIC, realizada pelo projeto Formação de Gestores Escolares e Coordenadores para a Gestão de Tecnologias de Informação e Comunicação, realizado pela PUC/SP no ano de 2002, em parceria com o ProInfo-SEED/MEC2, UFPA e SEE/PA, Fontes (2004) encontrou elementos essenciais a considerar em programas de inserção das TIC na escola. Destacam-se os elementos: a importância do trabalho coletivo; a integração das atividades de uso das TIC nas práticas da escola, conforme as diretrizes e prioridades do seu Projeto Político-Pedagógico; o incentivo à criação de um fluxo de informações e troca de experiências que favoreça a colaboração entre professores, alunos, pais e comunidade interna e externa à escola e a gestão compartilhada; o acesso a redes de informações para a tomada de decisões; a criação de redes de pessoas que se interrelacionam, produzem conhecimentos e convivem com as diferenças respeitando-se mutuamente.
              Uma prática democrática de gestão de tecnologias          
                                                                        
Ao levar em conta os elementos identificados na formação de gestores com e para a inserção das TIC na escola (Vieira, Almeida e Alonso, 2003), Fontes (2004) apontou a mudança da atitude inicial dos gestores de desconfiança e resistência para a abertura ao novo, aceitação do uso, incorporação das TIC e prazer ao utilizá-las em suas práticas. O depoimento de um dos gestores/alunos do curso, em uma sessão de chat, realizado no ambiente virtual e-ProInfo, traz indícios dessa mudança que se evidenciam no depoimento de uma diretora de escola:
“Ontem nossa escola teve um momento ímpar, pois estamos numa nova fase na escola (...) todos os funcionários da escola participaram do primeiro momento da elaboração do PPP [Projeto Político-Pedagógico]. Usei o termo nova fase porque a coisa por aqui estava devagar. Tivemos a participação de agentes comunitários, de pais, de agentes de segurança, dos professores, dos monitores.”
No final da formação, emergem novos aspectos da mudança de perspectiva do participante, desta feita em relação à concepção de gestão escolar compartilhada e à importância de estabelecer parcerias com a comunidade, conforme Fontes (id., ibid.) observou no depoimento de outro gestor/aluno:
“O trabalho coletivo na escola é uma necessidade. O papel do gestor em transformar o ambiente escolar em um ambiente democrático é um desafio (...) nossa primeira conquista deverá ser dos parceiros internos, como conseguir? Convidando-os a assumirem o papel de co-responsáveis pelo sucesso/fracasso das ações escolares. O segundo ponto é a conquista da comunidade externa ao ambiente escolar.” Evidencia-se, na atitude desse gestor, um “exercício efetivo da liderança enquanto elemento integrador e catalisador dos esforços do grupo” (Alonso, 2002, p. 29), para incorporar as TIC dentro de uma ótica integradora e democrática. Outro gestor/aluno mostra, em seu depoimento, que a cultura tecnológica começa a se expandir na escola e as TIC ocupam espaços diversificados para uso em atividades diversas, conforme suas características e demandas, salientadas no depoimento do aluno/gestor:
“Eu vejo a informática como um modo de motivar, de despertar nos alunos o interesse em apreender (...) Nós temos computadores nos laboratórios, nas secretarias, nas salas dos pedagogos. Falta na sala de leitura, que eu estou correndo atrás. Eu pretendo colocar computador até na cozinha, para atualização do estoque da merenda.”
As mudanças observadas por Fontes podem tornar-se mais efetivas caso a rede de colaboração criada durante o curso permaneça ativa, ou podem arrefecer, se os gestores se sentirem sozinhos e sem ter com quem trocar suas experiências, apoiando-se mutuamente nas conquistas e dissabores. Evidencia-se a importância de se desenvolver programas de formação voltados para as especificidades do trabalho dos gestores, alicerçados na articulação entre as dimensões administrativas e pedagógicas, na integração entre tecnologias e metodologias de formação, tendo as tecnologias como artefatos que favorecem os encontros entre pessoas, valores, concepções, práticas e emoções.
Tecnologias na gestão escolar e gestão de tecnologias
Nessa perspectiva de integração entre tecnologias e religação das dimensões técnico-administrativa, política, social e pedagógica, há muito desarticuladas, o projeto Gestão Escolar e Tecnologias, concebido e realizado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob responsabilidade do programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, realiza a formação de gestores de escolas públicas da rede estadual de São Paulo, em parceria com a Microsoft Brasil, para a utilização das TIC “no cotidiano da escola, na gestão escolar, bem como para apoiar, comprometer-se e prover condições para que os professores possam incorporar as TIC à prática pedagógica favorecendo ao aluno a aprendizagem significativa” (PUC/SP, 2004).
A concepção da formação está embasada em estudos, investigações e projetos de intervenção para a formação de gestores escolares (Vieira, Almeida e Alonso, 2003) voltada à inserção da tecnologia de informação e comunicação no cotidiano da escola e nas práticas de gestão escolar, que vem sendo adotada como referência para o trabalho de incorporação do computador em sistemas de ensino público de distintas regiões do País (SEED/MEC-ProInfo, 2001), ao tempo em que é aprimorada e realimentada pelas pesquisas acadêmicas desenvolvidas em paralelo à formação.
A metodologia, reconstruída em conjunto com os parceiros, visa atender à realidade das escolas, em consonância com o contexto, recursos tecnológicos disponíveis e demandas da SEE/SP, resguardando a coerência teórica e a articulação entre conteúdos, cronogramas de execução e população atendida pelo Programa Progestão, destinado à formação ampla de gestores escolares, em implantação na rede estadual.
A formação tem como fundamentos teóricos o papel das tecnologias na gestão democrática compartilhada; a integração entre tecnologias, profissionais e competências; a interação entre todos os participantes; a troca de experiências; a produção colaborativa de conhecimentos (Almeida e Prado, 2003; Alonso e Almeida, 2003). Para tanto, distintas tecnologias são articuladas nas atividades de formação (material impresso, vídeo, CD-ROM, Internet, vídeo-conferência etc.) que se desenvolvem em encontros presenciais e a distância, integrados com práticas de gestão escolar com o uso de tecnologias, as quais são acompanhadas e orientadas a distância pelos professores.
Evidencia-se um processo de formação na ação (Almeida, 2004), voltado para a realidade da escola, as especificidades da atuação do gestor, a reflexão sobre a própria atuação, a gestão democrática e a parceria com os supervisores de ensino e com os professores assistentes técnico-pedagógicos de tecnologia educacional. O envolvimento desses profissionais indica a relevância do projeto em proporcionar o desenvolvimento de competências no interior da rede estadual para a apropriação da formação e continuidade da formação com outros grupos de gestores.
O período de duração do projeto vai de julho de 2004 a novembro de 2006, atendendo a 11.700 gestores distribuídos em grupos de acordo com as diretorias de ensino a que pertencem suas escolas, que participam de um curso semipresencial de 80 horas, com suporte em um ambiente virtual (solução Microsoft para educação a distância). No ano de 2004, participaram do curso os profissionais das equipes de gestão escolar de 353 escolas, distribuídos em 31 turmas de aproximadamente 40 alunos-gestores, perfazendo 1.257 participantes, dos quais foram aprovados 87,43%. Esses resultados indicam que os objetivos estão sendo atingidos e que há o desenvolvimento de uma cultura de uso de tecnologias na gestão escolar e de gestão de tecnologias da escola, o que pode ser constatado em depoimentos de professores e de alunos-gestores do curso.
“Uma das minhas turmas está usando o correio a todo vapor! Infelizmente não estou conseguindo dar conta do volume de informações que circulam por lá, mas está demais! Alguns já estão com pena do curso acabar... o contato entre eles está muito legal, eles estão trocando mensagens, combinando chats que eu nem fico sabendo (eles pediram para deixar uma sala sempre aberta)”. (Professor, 17.10.04)
Embora a atuação o professor seja referência, é importante observar que ele se dá conta de que não é o centro do processo. Essa postura se reflete na atitude dos alunos-gestores, conforme se pode observar no depoimento a seguir.
“O curso está sendo de grande valia para mim, pois eu não gostava de operar o computador, só me interessei pelo mesmo na época do concurso de diretor, não por opção, mas porque era necessário. Depois me acomodei e tudo que precisava solicitava a alguém. Porém, com o curso eu percebi que estava me tornando uma analfabeta da informática e precisava me ressignificar, pois como poderia incentivar os meus professores a utilizar os meios tecnológicos, se eu mesmo não o fazia? Nos últimos dias venho me empenhando muito, erro bastante, mas também estou aprendendo muito, fico feliz em ter me conscientizado da importância da TIC, e acredito que daqui para frente terei muito mais subsídios não só para incentivar meus pares, como também para primorar o desenvolvimento pedagógico da escola em que estiver atuando.” (Aluno-gestor, 30.10.04) Devido ao atendimento em larga escala e ao dinamismo desse projeto, um importante aspecto evidenciado se refere à própria gestão da formação, sob a coordenação de uma equipe que busca continuamente novas tecnologias para a resolução dos problemas emergentes no cotidiano de suas atividades, procurando identificar potencialidades e limitações de cada recurso e possibilidades de incorporá-los às suas práticas. Portanto, em um projeto de gestão escolar e tecnologias, também a gestão do projeto enfrenta o desafio de tomar consciência dos limites e avanços de suas práticas de gestão, para que possa gestar, administrar, proteger, abrigar, produzir, nutrir, manter, mostrar, digerir, organizar as diferentes dimensões da gestão: informações sobre o projeto e suas produções, sistemas de acompanhamento da participação de alunos e professores, materiais de apoio, avaliação, referências conceituais, ambiente virtual, prática pedagógica, tecnologias, democratização das informações.
                                  SALTO PARA O FUTURO / TV ESCOLA
WWW.TVEBRASIL.COM.BR/SALTO

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Fonte: